Médica bolsonarista colocou eficácia das vacinas em xeque e se recusou a criticar Jair Bolsonaro por promover aglomerações sem máscara
Jornal GGN – A médica bolsonarista Mayra Pinheiro, secretária do Ministério da Saúde, disse nesta terça (25) à CPI da Covid que “a doença confere uma imunidade mais eficaz do que as vacinas” que estão disponíveis. A declaração ocorreu no momento em que o vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues, questionou a “capitã cloroquina” sobre a tese de isolamento vertical e imunidade de rebanho.
“Induzir imunidade através do efeito rebanho é extremamente perigoso. Isso pode induzir a milhares de óbitos. Não concordo de maneira generalizada. Em pequenos grupos populacionais, pode ser utilizado”, respondeu Mayra sobre a imunidade coletiva.
Na sequência, ela acrescentou: “Acho que podemos desenvolver imunidade de duas formas. A doença em si confere imunidade, mas a vacina confere imunidade em escala, a gente não precisa que muitas pessoas adquiram a infecção para que todas tenham imunidade. Se a gente dispuser de uma vacina, é claro, vamos ter a imunização mais rápida. Agora, no contexto atual, nós sabemos que a doença confere uma imunidade mais eficaz do que as vacinas que estamos utilizando, porque estamos utilizando uma vacina em fase 3 [de testes clínicos], pela nossa urgência, e por isso temos uma menor efetividade, o que não significa que não devemos tomar vacinas.”
Randolfe também quis saber a opinião de Mayra sobre o uso de máscara e as aglomerações promovidas por Jair Bolsonaro, em afronta às medidas sanitárias. Ela respondeu: “A minha presença é técnica, não vou comentar as questões relativas ao presidente porque não é a motivação para eu estar aqui. Eu vim pra cá para relatar fatos e minha conduta médica”. Ainda segundo ela, “usar máscara é [questão de] opinião.”
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