terça-feira, 25 de junho de 2019

Passar o Brasil a limpo… Começar por onde?



Paródia da música Construção, de Chico Buarque. Senhor, desculpe pela heresia.

Resultado de imagem para Jota Camelo STF Justiça

por Cristiane Vieira, no GGN

CONSTRUÇÃO CHICO BUARQUE

Paródia da música Construção, de Chico Buarque. Senhor, desculpe pela heresia.
DESTRUIÇÃO
(Original) Amou daquela vez como se fosse a última
(Paródia) Armou inúmera vez como se guerra púnica

(O) Beijou sua mulher como se fosse a última
(P) Negou ser parcial como se fosse lídimo
(O) E cada filho seu como se fosse o único
(P) E o brinde com Aécio fosse um ato lúdico
(O) E atravessou a rua com seu passo tímido
(P) Amarelou a rua com seu pathos cínico
(O) Subiu a construção como se fosse máquina
(P) Ruiu democracia numa noite trágica

(O) Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
(P) Botou no seu altar Temer e sua cáfila

(O) Tijolo com tijolo num desenho mágico
(P) Gedel e genitora em apês, prova fática

(O) Seus olhos embotados de cimento e lágrima
(P) O país desbotado em lamento e cólera

(O) Sentou pra descansar como se fosse sábado
(P) Pra se tornar ministro, assinou prisão ilícita

(O) Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
(P) Medrou de melindrar o privateiro príncipe

(O) Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
(P) Mandou e desmandou no pastor fake lúbrico

(O) Dançou e gargalhou como se ouvisse música
(P) Prendeu e manobrou, com STF esquálido 

(O) E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
(P) E tropeçou no Telegram sua trama de Tântalo

(O) E flutuou no ar como se fosse um pássaro
(P) E se espalhou no ar insofismável escândalo

(O) E se acabou no chão feito um pacote flácido
(P) Não se acabou ainda, tem apoio globélico

(O) Agonizou no meio do passeio público
(P) Antagoniza em público em voz monocórdica

(O) Morreu na contramão atrapalhando o tráfego
(P) Sobrou pro hacker russo, retórica ilógica

(O) Amou daquela vez como se fosse o último
(P) Armou, virou refém de sua própria máscara

(O) Beijou sua mulher como se fosse a única
(P) Onde anda sua conge, hackearam Rosângela?

(O) E cada filho seu como se fosse o pródigo
(P) E cada falha sua exposta em praça pública

(O) E atravessou a rua com seu passo bêbado
(P) Já pôs na lama a fama de herói da república
(O) Subiu a construção como se fosse sólido
(P) Está preso pelo rabo em sua própria máquina

(O) Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
(P) De delação vazada de maneira incógnita

(O) Tijolo com tijolo num desenho lógico
(P) Perjúrio no Senado, o destino é irônico
(O) Seus olhos embotados de cimento e tráfego
(P) Seus podres publicados por Glenn, cidadão autêntico

(O) Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
(P) Do país a que tu serve como um bosta anêmico

(O) Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
(P) Come ovo, caga caviar, do inglês erra a gramática 

(O) Bebeu e soluçou como se fosse máquina
(P) Usou e abusou, sem noção de ridículo

(O) Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
(P) Vazou e foi vazado, quer música no Fantástico?

(O) E tropeçou no céu como se ouvisse música
(P) Caiu na sua armadilha, atestado de estúpido

(O) E flutuou no ar como se fosse sábado
(P) Nova piada mundial, e ainda se acha o máximo

(O) E se acabou no chão feito um pacote tímido
(P) Tripudia de nosso flagelo, é parça globélico

(O) Agonizou no meio do passeio náufrago
(P) Uma hora se entrega, contra o auditório agônico

(O) Morreu na contramão atrapalhando o público
(P) Morrerá nas mãos a que serviu, sociopat@ abúlico

(O) Amou daquela vez como se fosse máquina
(P) Arma mais uma vez como se ainda incólume 

(O) Beijou sua mulher como se fosse lógico
(P) No final será delatado por sua própria cônjuge

(O) Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
(P) Que fugirá com Zucolotto, quente noite de sábado

(O) Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
(P) Deixando conta zerada e conge no patíbulo

(O) E flutuou no ar como se fosse um príncipe
(P) A ver um powerpoint da sua fuga, sádica

(O) E se acabou no chão feito um pacote bêbado
(P) Se acabará enfim sua trajetória adúltera

(O) Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado
(P) Morrerá esquecido lavando o chão da Globélica 

(O) Por esse pão pra comer, por esse chão pra dormir
(P) Por um pirão pra comer, por um tostão pra seguir

(O) A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir 
(P) A indústria da delação que destruiu um país

(O) Por me deixar respirar, por me deixar existir
(P) Por nos tirar dignidade, e na mentira insistir
 
(O) Deus lhe pague
(P) Deus lhe acabe 

(O) Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir
(P) Pela cachaça com o Fagner que a gente teve que assistir 

(O) Pela fumaça e a desgraça, que a gente tem que tossir
(P) Pelos vinhos com o Karnal, que a gente teve que a sério discutir

(O) Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair
(P) Pelos degraus de soberania que a gente ainda vai cair
(O) Deus lhe pague
(P) Deus lhe acabe

(O) Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir
(P) Pela conge tiwitteira a espicaçar e sorrir
(O) E pelas moscas bicheiras a nos beijar e cobrir
(P) E pelas toscas figuras que ajudou a erigir 
(O) E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir
(P) E pela incapaz toupeira que desgoverna o país
(O) Deus lhe pague
(P) Deus lhe apague 
Da nossa História”


Sampa/SP, 24/06/2019 – 17:37 – alterado às 17:40



Nenhum comentário:

Postar um comentário