terça-feira, 17 de novembro de 2020

A direita fascistóide foi derrotada nestas eleições, agora falta a conspiratória, de sapatenis!, por Rogério Maestri

 

Como em todos os casos cada ponto forte possui contradições internas e fraquezas insuperáveis, os quais levantarei um a um.


A direita fascistóide foi derrotada, agora falta a de sapatenis!

por Rogério Maestri

Os resultados das eleições deixaram claro que a direita fascistóide foi completamente derrotada nas eleições municipais, pois os candidatos do Bolsonarismo raiz foram praticamente extintos nas eleições majoritárias e voltados a sua insignificância nas eleições proporcionais, entretanto resta uma parte que perdeu pouco e continua forte, a direita neoliberal que quer passar por moderninha e opção para o país e que são tão perigosas e maléficas, tanto para o país quanto pela imensa parte da população brasileira.

Em termos de projeto econômico tanto a direita fascistóide como a direita tradicional seguem a mesma cartilha, porém essa direita tradicional tem seus pontos fracos como seus pontos fortes, podemos começar com os pontos fortes dessa direita tradicional e o primeiro e mais importante é o apoio da burguesia internacional, o segundo é o domínio da superestrutura do estado como por exemplo, o capital econômico, os meios de comunicação, o apoio dos evangélicos e as forças armadas (convencionais e polícias militares).

Como em todos os casos cada ponto forte possui contradições internas e fraquezas insuperáveis, os quais levantarei um a um.

O apoio da burguesia internacional provém de países imperialistas, logo são completamente intolerantes a qualquer resquício de estado nacional, trabalham com uma lógica completamente inviável para países como o Brasil. Além disso a burguesia internacional não trabalham como um bloco coeso e único, pois entre eles há a lógica de domínio exclusivo de um sobre outro. O exemplo real é a luta entre os democratas e Trumpistas, os primeiros querem um modelo de exportação de fábricas para o terceiro mundo pois elas são poluidoras e que necessitam de condições especiais (energia, água, mão de obra barata), já o segundo grupo pretendia a internação de parte de sua indústria para não perderem parte dos empregos industriais. Também outro problema da ação dessa burguesia internacional é que com a crise somada a divisão vale o ditado: Em casa que falta pão (no caso caviar) todo mundo grita e ninguém tem razão.

Já a burguesia nacional, que como toda a boa burguesia do mundo, vive nas tetas do Estado, com o processo de privatização eles perdem grande parte de sua influência política e capacidade de utilizar a máquina estatal para remunerar seus apaniguados e participarem do saque dessas empresas, logo políticas neoliberais são vistas como uma perda de poder. Outro exemplo são os órgãos de divulgação de massa, que cada vez com a presença da Internet passam a ser comandados do exterior.

O apoio dos evangélicos é algo a ser confirmado com o tempo, pois mesmo em países como os USA, onde essas religiões são dominadas por pastores mediatizados há uma tendência de perda de poder dessas religiões com o tempo e com a institucionalização das mesmas, por exemplo, a IURD depende essencialmente das figura do chefe da religião que no momento que esse perde a vitalidade com a idade começam brigas pelo controle da igreja que levam a sua fragmentação, não podemos esquecer que o proprietário da Igreja tem 75 anos.

Quanto a superestrutura do estado como Forças Armadas e Polícias Militares, essas também terão seu destino, entretanto por estratégia me reservo a dizer qual será, mas garanto que virá de dentro de suas próprias contradições.

Mas o ponto mais fraco será algo que se tornará praticamente irreversível, os resultados da crise internacional que ocorrerá bem antes que todos pensam e essa crise desmontará não só no Brasil, mas em grande parte do mundo todo o sistema de poder. Com isso, governo Bolsonaro e o resto das oligarquias nacionais (a direita de sapatênis) e as oligarquias internacionais em médio prazo cairão como um castelo de cartas.

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