segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Temer conta em livro como conspirou com militares para derrubar Dilma... e dá o recado da velha elite e do corporativismo militar que a protege: derrubaremos quem nos contrarie

 Segundo Rosenfield, a história desses contatos revela a posição dos militares contrária ao PT. Esses expoentes das Forças Armadas não admitiam a existência e atuação da Comissão Nacional da Verdade (que investigava os crimes dos militares na ditadura), a suposta mudança na Lei da Anistia e avanços democráticos na área de direitos humanos. 

Do 247:

Temer conta em livro como conspirou com militares para derrubar Dilma

O ex-presidente golpista Michel Temer revela no livro "A Escolha, Como um Presidente Conseguiu Superar Grave Crise e Apresentar Uma Agenda Para o Brasil" - uma coletânea de entrevistas com o professor de filosofia Denis Lerrer Rosenfield - seus contatos com militares, durante os quais conspirou para dar o golpe que resultou no impeachment da presidente Dilma Rousseff

Michel Temer e o general Eduardo Villas Bôas
Michel Temer e o general Eduardo Villas Bôas (Foto: Marcos Corrêa/PR)

247 - O ex-presidente golpista Michel Temer lançou o livro "A Escolha, Como um Presidente Conseguiu Superar Grave Crise e Apresentar Uma Agenda Para o Brasil", uma coletânea de entrevistas com o professor de filosofia Denis Lerrer Rosenfield. Entre outras revelações, vem à tona a conspiração de Temer com os militares para derrubar a presidente Dilma Rousseff.

O livro revela os encontros que Michel Temer manteve, ainda na condição de vice-presidente, com o então comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, e o chefe do Estado Maior da Força, general Sérgio Etchegoyen, entre 2015 e 2016, antes do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Segundo Rosenfield, a história desses contatos revela a posição dos militares contrária ao PT. Esses expoentes das Forças Armadas não admitiam a existência e atuação da Comissão Nacional da Verdade, a suposta mudança na Lei da Anistia e avanços democráticos na área de direitos humanos 

Os militares temiam ainda que o PT buscasse mudar a forma de acesso de oficiais ao generalato e a formação dos militares nas academia, informa o Estado de S.Paulo

Rosenfield diz que foram vários encontros entre os militares e Michel Temer. “Não foi uma vez. Foram vários encontros”, afirma Rosenfield. O acerto entre Temer e os generais era que após o impeachment de Dilma, Villas Boas seria mantido no cargo e Etchegoyen seria nomeado ministro do novo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), recriado por Temer.

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