sábado, 26 de janeiro de 2019

Eduardo Guimarães: "Com Bolsonaro, crime organizado chegou ao poder"



"Quem está dizendo não é o Blog da Cidadania, mas um dos maiores jornais do mundo, o El País, da Espanha: existe um “elo”, uma ligação entre Flávio Bolsonaro e a milícia investigada pela morte de Marielle Franco, vereadora do PSOL do Rio de Janeiro que teve a cabeça estraçalhada por disparos de uma arma de fogo de alto calibre."

Do Blog da Cidadania:


Com Bolsonaro, crime organizado chegou ao poder

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Circula pelo submundo nazifascista pró Bolsonaro versão criminosa do caso envolvendo Jean Wyllys. Segundo os bandidos, Wyllys foi ameaçado por estar envolvido no “atentado” a Bolsonaro. Essa versão tenta justificar um presidente da República ter comemorado a vitória do crime organizado ao conseguir fazer um representante do povo se exilar do Brasil.
Quem está dizendo não é o Blog da Cidadania, mas um dos maiores jornais do mundo, o El País, da Espanha: existe um “elo”, uma ligação entre Flávio Bolsonaro e a milícia investigada pela morte de Marielle Franco, vereadora do PSOL do Rio de Janeiro que teve a cabeça estraçalhada por disparos de uma arma de fogo de alto calibre.
A reportagem informa que Raimunda Veras Magalhães e Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega são o “elo” entre o senador eleito Flávio Bolsonaro e o grupo miliciano Escritório do Crime, um dos mais poderosos do Rio.
O grupo é também suspeito de envolvimento no assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, em 14 de março de 2018.
Segundo o jornal O Globo, Raimunda e Danielle são, respectivamente, mãe e mulher do capitão Adriano Nóbrega, vulgo Gordinho, tido pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como uma das lideranças do Escritório do Crime. As duas foram lotadas no gabinete do então deputado estadual Flávio na Assembleia Legislativa do Rio.
Adriano Nóbrega, o “gordinho”, hoje foragido e suspeito de chefiar uma milícia na zona oeste do Rio de Janeiro, estava preso quando foi homenageado pelo deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) com a Medalha Tiradentes, mais alta honraria da Assembleia Legislativa.
Mais um detalhe: segundo o jornal O Globo, o presidente Jair Bolsonaro fez um discurso em defesa do ex-capitão da Polícia Militar Adriano Nóbrega, em 2005.
Podemos dizer, então, que Bolsonaro e filhos já defenderam bandidos, certo?
Mas não é só. Pelo visto, eles continuam defendendo.
Em primeiro lugar, os aliados de Bolsonaro comemoraram o fato de o agora ex-deputado Jean Wyllys ter abdicado de um bem remunerado mandato de 4 anos como deputado federal simplesmente por estar com medo de ser assassinado como foi a sua colega de partido (PSOL) Marielle Franco.
Os Bolsonaros e a horda de degenerados que os apoiam tentam negar que Wyllys esteja sendo alvo de ameaças do crime organizado, mas a Polícia Federal e a Imprensa atestam que essas ameaças são mais do que verdadeiras.
Assim, a saída de Jean Wyllys do Brasil é uma vitória do crime organizado. Ponto.
O que dizer, então, de a família Bolsonaro, a começar pelo presidente da República, terem comemorado, publicamente, o autoexílio que Wyllys se impôs?
Afinal, as manifestações de Jair Bolsonaro e filhos no Twitter não deixam dúvida de que eles, que elogiaram criminosos presos por assassinarem pessoas, comemoraram o crime organizado ter conseguido fazer Jean Wyllys fugir do Brasil para não ser assassinado.
Como se não bastasse, a direção da EBC agiu para que seus canais não noticiassem as ameaças de morte a Jean Wyllys. A TV Brasil, a Agência Brasil e as rádios fazem silêncio sobre o caso. Funcionários da estatal afirmam, sob a condição de anonimato, que receberam ordens da chefia para ignorar a história. E quem deu essa ordem à chefia, claro, foi Bolsonaro.
O crime organizado chegou ao poder junto com Bolsonaro, como se vê.

Confira a matéria em vídeo

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