A Abin elaborou documentos para orientar os advogados do senador em sua defesa no inquérito das rachadinhas
Jornal GGN – A Procuradoria-Geral da República autorizou na sexta-feira (11) uma investigação preliminar sobre uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na defesa pessoa de Flávio Bolsonaro no caso Queiroz. O suposto crime foi revelado em reportagem da revista Época.
Sob o diretor Alexandre Ramagem, que é amigo da família Bolsonaro e foi cotado para o comando da Polícia Federal, a Abin elaborou documentos para orientar os advogados do senador em sua defesa no inquérito das rachadinhas.
A Abin sustentou que Flávio foi investigado indevidamente pela Receita Federal e até recomendou a remoção de agentes de alguns “postos” para facilitar o trabalho da defesa.
O escândalo foi denunciado pelo deputado federal Marcelo Freixo, que defendeu ação criminal e impeachment contra Jair Bolsonaro, por ter permitido o uso do aparato estatal em benefício pessoal do filho. Outros parlamentares da oposição endossaram a tomada de medidas mais duras.
A PGR já investiga se Bolsonaro tinha interferido na Polícia Federal em causa própria, segundo denunciou o ex-ministro da Justiça Sergio Moro.
O Sindifisco Nacional (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil) disse na sexta que a ajuda da Abin ao senador, caso seja confirmada, “é inaceitável em todos os sentidos” e “passou de todos os limites”, se configurando o maior escândalo da República.
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