quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Cineasta Michael Moore sobre o filme 'Coringa', de Todd Phillips: o maior perigo para a sociedade é o de não se ver este filme


O documentarista Michael Moore repudia os ataques ao filme Coringa (2019) e as recomendações para que o público fique longe das salas, e o classifica como obra-prima do cinema. "Eu sugiro o oposto: o maior perigo para a sociedade é não ver este filme", escreve


Michael Moore e o Coringa de Joaquin Phoenix


Michael Moore e o Coringa de Joaquin Phoenix (Foto: Reprodução)

247Com sua peculiar perspicácia, o documentarista norte-americano Michael Moore escreveu, em sua página no Facebook, sobre o filme Coringa (2019).
Cercado de expectativas e também de recomendações para que o público se mantivesse longe, o filme, dirigido por Todd Phillipis e estrelado pelo ator Joaquin Phoenix, é uma "obra-prima do cinema" que precisa ser visto, escreve o autor de Tiros em Columbine (2002) e Fahrenheit 11 de Setembro (2004).
"Todos nós americanos ouvimos muito sobre este filme, que devemos temer e nos manter longe dele. Nos contaram que é violento, doente e moralmente corrupto. Nos disseram que a polícia irá vigiar as sessões em caso de problema. Nosso país está em um profundo desespero, nossa constituição está em pedaços, um maníaco do Queens tem acesso a códigos nucleares – mas por alguma razão, devemos ter medo de um filme. Eu sugiro o oposto: o maior perigo para a sociedade é não ver este filme", escreve.
Moore explica: "a história que ele conta e a questão que ele levanta é algo profundo e necessário, se você virar a cara para este trabalho de arte genial, você perderá o dom do espelho que ele está proporcionando. Sim, temos um palhaço perturbado naquele espelho, mas ele não está sozinho – estamos bem ao lado dele. Coringa não é um filme de quadrinhos. É um filme em uma Gotham dos anos 70, o quartel general de todo o mal: os ricos que nos governam, os bancos e corporações a quem servimos, a mídia que nos alimenta com sua dieta diária de notícias e pensam que devemos absorver isso. Mas o filme não é sobre Trump. É sobre a América que nos deu Trump – A América que sente que não precisa ajudar os exilados. A América onde os Ricos ficam ainda mais ricos."


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