quinta-feira, 7 de maio de 2020

Após receber o militar torturador sádico e fascista Curió e chamá-lo de herói, governo Bolsonaro é denunciado à Corte Interamericana



Governo é acusado de não cumprir com a sentença que condenou o Brasil por violação dos direitos humanos no caso da Guerrilha do Araguaia de resistência à Ditadura Militar
Jornal GGN
Foto: Evaristo Sa/ AFP
Jornal GGN – Jair Bolsonaro (sem partido) foi denunciado à Corte Interamericana de Direitos Humanos por não cumprir com a sentença que condenou o Brasil por violação dos direitos humanos no caso da Guerrilha do Araguaia, após receber o tenente-coronel reformado do Exército, Sebastião Curió Rodrigues de Moura, no Palácio do Planalto, na última segunda-feira, 4 de maio. As informações são de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.
Agente da ditadura, Curió já foi denunciado seis vezes por crimes cometidos durante os anos de chumbo. O militar reformado foi responsável pela repressão que matou 67 militantes da Guerrilha do Araguaia nos anos 70. Em 2009, ele reconheceu que, desses guerrilheiros, 41 estavam presos e sofrendo torturas quando foram executados pelo Exército.
Após receber o militar reformado e comemorar a ação nas redes sociais, o governo de Bolsonaro foi denunciado pela bancada do PSOL na Câmara dos Deputados, o Instituto Vladmir Herzog e o Núcleo de Preservação da Memória Política, por promover a “desinformação” e insultar “a memória das vítimas do caso Gomes Lund e outros e de todas as pessoas desaparecidas, mortas e torturadas pela ditadura brasileira”.
A denúncia ainda acusa o governo federal de “novas violações ao direito a verdade ao difundir informações falsas sobre o ocorrido contra a Guerrilha do Araguaia e na ditadura em geral”.
As acusações ganharam força após a comunicação de Bolsonaro comemorar nas redes sociais o encontro entre o mandatário e o agente da ditadura. Curió foi chamado de “herói do Brasil” na publicação. 
Ontem, 6 de maio,  a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), pediu que o Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPDF) investigue o chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência), Fabio Wajngarten, por apologia de crimes contra a humanidade. 

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