quinta-feira, 26 de março de 2020

Proposta incerta em andamento para salvaguardar o clã: renúncia de Bolsonaro em troca da anistia para os filhos, por Luis Nassif, citando a jornalista Maria Cristina Fernandes, do Valor Econômico



O bem mais valioso que Bolsonaro preza, diz Cristina, é a liberdade dos filhos. A proposta a ser desenvolvida, então, seria a anistia aos 01, 02 e 03 em troca da carta de renúncia. Mas, para anistiar, tem que ter a condenação. Participam do governo, hoje em dia, militares com atuação direta na intervenção no Rio de Janeiro e, portanto, conhecedores dos meandros das milícias, que poderiam convencê-lo da inevitabilidade da condenação dos filhos.
Há tempos, Maria Cristina Fernandes, do Valor, se consolidou como (na minha opinião) a melhor analista política da imprensa. Não se perde em considerações supérfluas, sempre traz um olhar diferente sobre os fatos, baseado em uma seleção critérios da fatos.
Em sua coluna de hoje, “A carta de renúncia”, mata a charada. Depois de mostrar o descontentamento das Forças Armadas com a irresponsabilidade de Jair Bolsonaro, alinha as hipóteses de afastamento dele, quase todas traumáticas, se seguindo o rito normal. Bolsonaro já não governa, atenta contra princípios básicos de saúde, não tem nem 10% de apoio no Congresso. Mas, ainda assim, o impeachment é ritual complexo.
A Rússia teve problemas semelhantes com Boris Yeltsin, um presidente alcóolatra e irresponsável que estava destruindo o país. Foi convencido a renunciar em troca da anistia a seus filhos.
O bem mais valioso que Bolsonaro preza, diz Cristina, é a liberdade dos filhos. A proposta a ser desenvolvida, então, seria a anistia aos 01, 02 e 03 em troca da carta de renúncia.
Mas, para anistiar, tem que ter a condenação. Participam do governo, hoje em dia, militares com atuação direta na intervenção no Rio de Janeiro e, portanto, conhecedores dos meandros das milícias, que poderiam convencê-lo da inevitabilidade da condenação dos filhos.
A esperança, portanto, está na aceleração das investigações do Ministério Público Estadual (MPE) e da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Não haverá a menor dificuldade em concluir as investigações sobre as estripulias dos filhos, desde negócios menores, as “rachadinhas”, até as tentativas posteriores em vários novos negócios obscuros, conforme vários indícios divulgados pelo GGN, passando pelas suspeitas de envolvimento com a morte de Marielle.
A hora que quiser, o MPE-RJ poderá comprovar que Carlos Bolsonaro estava no condomínio da família, no mesmo momento em que se reuniam os dois assassinos de Marielle, preparando-se para cometer o crime. E que, antes de se autodenunciar – no vídeo em que mostrou as ligações registradas no sistema de telefonia do condomínio – assegurara que estava na Câmara Municipal.

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