terça-feira, 13 de setembro de 2016

Neonazista assumido e amigo de Jair Bolsonaro, “professor” é candidato para vereador no Rio pelo "evangélico" PSC


Amigo do deputado federal Jair Bolsonaro, o Professor Marco Antonio é membro do grupo extremista ‘Nacional Democracia — DAP’. Anteriormente, ele já havia causado polêmica ao comparecer na Câmara do Rio no ano passado na audiência da Comissão de Direitos Humanos, fantasiado de Adolf Hitler.

O Partido Social Cristão, mais conhecido como PSC, coleciona um verdadeiro mar de polêmicas por causa de seus nomes mais ilustres. Se Jair Bolsonaro e sua família, que agora integram o partido, já não fossem motivo de discussão o bastante, a sigla parece ter permitido não apenas a entrada, como também a candidatura de um homem que propaga o nazi-fascismo nas redes sociais.
Seu nome é Marco Antônio Santos — se apresentando como “Professor”. Ele é candidato pelo PSC para a Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. É possível verificar seus dados no cadastro do site Eleições 2016: tem 52 anos, divorciado, e trabalha como Analista de Sistemas. Apesar de se auto-intitular professor, Marco tem apenas o ensino médio completo.
Marco já havia causado polêmica por duas vezes no ano passado.
A primeira foi após tirar uma foto com o deputado Jair Bolsonaro — algo que foi duramente replicado nas redes sociais, já que o “professor” naquele momento já estava travestido de sósia do ditador alemão Adolf Hitler.
Posteriormente, Marco voltou a ser assunto após comparecer por convite do vereador Carlos Bolsonaro (filho de Jair, do mesmo partido) na Câmara dos Vereadores, durante sessão da Comissão de Direitos Humanos.
Além de Marco, outros 5 simpatizantes da ditadura militar foram convidados pelo vereador do PSC. A sessão tratava do projeto de Carlos Bolsonaro, sobre a exclusão de conteúdos políticos das escolas públicas do Rio.
A presença de Marco causou uma série de discussões no plenário. O presidente da casa, Jefferson Moura (Rede), impediu que o “professor” falasse na sessão — conforme planejado por Carlos Bolsonaro. “Num parlamento democrático não há espaço para apologia ao nazismo. É inadmissível um indivíduo fantasiado de Adolf Hitler usar a tribuna do plenário para se expressar”, disse Jefferson.
“Ele queria provocar, era um Hitler fake”, disse o historiador Milton Teixeira, em entrevista ao Jornal O Dia. Segundo Milton, o “professor” usava broches que lembravam o nazismo, mas nenhum daqueles símbolos realmente era do período de trevas da História mundial.
Marco é integrante do grupo Nacional Democracia (DAP), que tem uma página com poucas centenas de curtidas no Facebook.

Nenhum comentário:

Postar um comentário