domingo, 13 de janeiro de 2019

Jânio de Freitas: Bolsonaro quer ser "exemplo de moralidade" burlando ação ambiental




Jornal GGNO jornalista Janio de Freitas publicou neste domingo (13), na Folha de S. Paulo, um artigo comentando a notícia sobre a multa por pesca ilegal de Jair Bolsonaro ter sido anulada pouco antes de sua posse como presidente da República. O colunista destacou que a Advocacia Geral da União advogou em favor do ex-deputado em vez de defender os interesses do governo. Além disso, o argumentou que derrubou a multa escancara ainda mais a "burla" de Bolsonaro.
 
Segundo a AGU, o processo, que se arrasta desde 2012, deve voltar à estaca zero porque Bolsonaro não teve direito à "ampla defesa". Seus advogados reclamaram que os argumentos apresentados contra a multa foram ignorados. O principal deles: que Bolsonaro estava numa aeroporto no dia em que o Ibama registrou o flagrante, 6 de março de 2012.
 
Ocorre que a infração só foi autuada oficialmente neste dia porque, no dia do flagrante da pesca em área que não permite sequer a presença humana, Bolsonaro se recuou a entregar os documentos. Mas há registros de que além da presença humana, o hoje presidente violava uma área protegida com um barco a motor e equipamento de pesca com vara.
 
Para Janio, a defesa de Bolsonaro é uma "burla, portanto". "E um exemplo, em se tratando agora de um presidente que promete mudar o exercício da moralidade no país."
 
O jornalista ainda classificou como "um colar de inoperâncias muito ilustrativo da defesa ambiental que os governos brasileiros proclamam ao mundo com orgulho", a demora do Ibama em processar o caso de Bolsonaro.
 
"O auto de infração só foi emitido em 6 de março, dois meses e 12 dias depois do flagrante. O multado só recebeu a respectiva notificação em 6 de outubro. De 2014. Dois anos, oito meses e 12 dias depois da infração. Não pagou a multa. (...) Seu nome e a dívida [de R$ 10 mil] foram, por isso, inscritos no cadastro de inadimplentes. Em 16 de outubro. De 2015. Um ano e seis dias depois de encerrado o prazo para pagamento."
 
A multa foi anulada em dezembro de 2018, após ataques públicos de Bolsonaro ao Ibama.
 
Leia o atrigo completo de Jânio de Freitas clicando aqui.

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